domingo, 9 de novembro de 2014

Paulin J. Hountondji

TRADUÇÃO:

  Hountondji começou sua carreira acadêmica na França, ensinando na Universidade de Besançon de 1967 até 1970. Sua preocupação principal, no entanto, não era simplesmente ensinar filosofia, nem mesmo praticar a teoria crítica do neo-Marxismo, mas apresentar à África um conhecimento filosófico apropriado aos problemas de desenvolvimento. Portanto, Hountondji retornou rápido à sua terra natal,  preenchendo cargos universitários primeiro no Zaire (atual Congo), e a partir de 1974 na Universidade Nacional de Benin, em Cotonou.                                                                                       
   Enquanto esteve no Zaire, na Universidade Nacional em Lumumbashi, Hountondji começou seu trabalho como um "filósofo ativista." Em 1972, ele fundou o Jornal Africano de Filosofia, e em 1973 ele se tornou o secretário-geral executivo do Conselho Inter-Africano de Filosofia. Seu propósito nesses empreendimentos era dupla: primeiro, promover uma comunicação continental entre os filósofos e portanto ajudar a profissionalização da disciplina na África; e segundo, para desenvoler o seu próprio conhecimento em filosofia como crítica e científica. Ele já tinha começado a articular esse conhecimento em uma série de palestras e artigos que, depois de revistos e complementados formara a base de Filosofia Africana: Mito e Realidade.

   Durante esse período, Hountondji se envolveu na política e administração de Benin. Benin (então Daomé) se tornou independente em 1960; de qualquer forma, sua situação política estava completamente instável nos anos 60 e começo dos anos 70. Breves períodos de governos civis fracionados foram pontuados por uma série de golpes militares. Finalmente, em outubro de 1972, o Major (mais tarde general) Mathieu Kerekou tomou o poder.

  A revolução de Kerekou transformou a vida política e economica. Pelos próximos anos, Daomé se tornou Benin, relembrando o poder do império pré-colonial. Muito da economia foi estatizada, e os partidos políticos existentes foram  substituídos pelo partido de Kerekou, Partido da Revolução Popular de Benin. O Marxismo-Leninismo foi proclamado a ideologia nacional. O papel exato de Hountondji na revolução é impossível de determinar, mas alguns fatos são conhecidos. Em 1973, ele publicou  um livro sobre a revoluçãom e em 1974 se tornou professor na Universidade Nacional. Suas tendências filosóficas eram claramente Marxistas, e algumas das sugestões educacionais de Hountondji, como descritas em Filosofia Africana, foram implementadas em Benin.

   Deve-se notar que os escritos de Hountondji enfatizam a necessidade de liberdade política, com florescimento da filosofia e da ciência e que a revolução de Benin, apesar de mal sucedida em estabelecer o socialismo, foi relativamente não-repressiva.

   Em meados da década de 1970, a primeira fase do pensamento filosófico de Hountondji estava completa. A publicação de Filosofia Africana estabeleceu sua posição como o principal crítico de "filosofia étnica".

   Como um discípulo Marxista de Althusser, Hountondji aprendeu a ler qualquer sentença filosófica como uma questão de situação socioeconômica. Ele portanto emprego filosofia étnica - ou seja, representações da "Filosofia Africana Tradicional" - no contexto do desenvolvimento africano ou, mais precisamente, não desenvolvimento africano. Para Hountondji, filosofia étnica legitimiza e até mesmo celebra uma África que era pré-colonial, colonialou alguma combinação dois dois que era muito inferior, em termos tecnológicos, às nações européias e outras nações ocidentais.

Referência: Texto retirado desse link, htt://www.enotes.com/topics/paulin-j-hountondji , em inglês. Tivemos que traduzir para o português.

3 comentários:

  1. Excelente,Grande Homem PAULIN HOUNTONDJI

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  2. Cara boa tarde gostaria de aprender com editar um site como este.
    Tenho prospetivas de começar publicar textos de autores africanos. agradeço se pudesses me dar estada...

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