Paulin J. Hountondji
TRADUÇÃO:
Hountondji começou
sua carreira acadêmica na França, ensinando na Universidade de Besançon de 1967
até 1970. Sua preocupação principal, no entanto, não era simplesmente ensinar
filosofia, nem mesmo praticar a teoria crítica do neo-Marxismo, mas apresentar
à África um conhecimento filosófico apropriado aos problemas de
desenvolvimento. Portanto, Hountondji retornou rápido à sua terra natal, preenchendo cargos universitários primeiro no
Zaire (atual Congo), e a partir de 1974 na Universidade Nacional de Benin, em
Cotonou.
Enquanto esteve no Zaire, na Universidade Nacional em Lumumbashi,
Hountondji começou seu trabalho como um "filósofo ativista." Em 1972,
ele fundou o Jornal Africano de Filosofia, e em 1973 ele se tornou o
secretário-geral executivo do Conselho Inter-Africano de Filosofia. Seu
propósito nesses empreendimentos era dupla: primeiro, promover uma comunicação
continental entre os filósofos e portanto ajudar a profissionalização da
disciplina na África; e segundo, para desenvoler o seu próprio conhecimento em
filosofia como crítica e científica. Ele já tinha começado a articular esse
conhecimento em uma série de palestras e artigos que, depois de revistos e
complementados formara a base de Filosofia Africana: Mito e Realidade.
Durante esse período, Hountondji se envolveu na política e administração
de Benin. Benin (então Daomé) se tornou independente em 1960; de qualquer
forma, sua situação política estava completamente instável nos anos 60 e começo
dos anos 70. Breves períodos de governos civis fracionados foram pontuados por
uma série de golpes militares. Finalmente, em outubro de 1972, o Major (mais
tarde general) Mathieu Kerekou tomou o poder.
A revolução de Kerekou transformou a vida política e economica. Pelos
próximos anos, Daomé se tornou Benin, relembrando o poder do império
pré-colonial. Muito da economia foi estatizada, e os partidos políticos
existentes foram substituídos pelo
partido de Kerekou, Partido da Revolução Popular de Benin. O Marxismo-Leninismo
foi proclamado a ideologia nacional. O papel exato de Hountondji na revolução é
impossível de determinar, mas alguns fatos são conhecidos. Em 1973, ele
publicou um livro sobre a revoluçãom e
em 1974 se tornou professor na Universidade Nacional. Suas tendências
filosóficas eram claramente Marxistas, e algumas das sugestões educacionais de
Hountondji, como descritas em Filosofia Africana, foram implementadas em Benin.
Deve-se notar que os escritos de Hountondji enfatizam a necessidade de
liberdade política, com florescimento da filosofia e da ciência e que a
revolução de Benin, apesar de mal sucedida em estabelecer o socialismo, foi
relativamente não-repressiva.
Em meados da década de 1970, a primeira fase do pensamento filosófico de
Hountondji estava completa. A publicação de Filosofia Africana estabeleceu sua
posição como o principal crítico de "filosofia étnica".
Como um discípulo Marxista de Althusser, Hountondji aprendeu a ler qualquer
sentença filosófica como uma questão de situação socioeconômica. Ele portanto
emprego filosofia étnica - ou seja, representações da "Filosofia Africana
Tradicional" - no contexto do desenvolvimento africano ou, mais
precisamente, não desenvolvimento africano. Para Hountondji, filosofia étnica
legitimiza e até mesmo celebra uma África que era pré-colonial, colonialou
alguma combinação dois dois que era muito inferior, em termos tecnológicos, às
nações européias e outras nações ocidentais.
Referência: Texto retirado desse link, htt://www.enotes.com/topics/paulin-j-hountondji , em inglês. Tivemos que traduzir para o português.
perfeito
ResponderExcluirExcelente,Grande Homem PAULIN HOUNTONDJI
ResponderExcluirCara boa tarde gostaria de aprender com editar um site como este.
ResponderExcluirTenho prospetivas de começar publicar textos de autores africanos. agradeço se pudesses me dar estada...